INTERNACIONAL
OMS aponta três riscos do uso da inteligência artificial na saúde
Agência da ONU pede cautela com plataformas que simulam comunicação humana

A inteligência artificial aplicada na saúde pode gerar orientações incorretas, violação de dados pessoais e disseminar desinformação. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A entidade pede cautela com plataformas como ChatGPT, Bard, Bert e diversas outras que imitam a compreensão, o processamento e a produção da comunicação humana.
Segundo a OMS, as chamadas ferramentas de modelo de linguagem, LLMs, geradas por inteligência artificial podem representar riscos para o bem-estar humano e para a saúde pública.
Os especialistas da agência consideram que a rápida e ampla difusão das LLMs e o crescente uso experimental para fins relacionados à saúde não está sendo acompanhado por mecanismos de controle.
Isso inclui adesão das plataformas de inteligência artificial a valores como transparência, inclusão, engajamento público, supervisão especializada e avaliação rigorosa.
A OMS reconhece que o uso apropriado de tecnologias, incluindo LLMs, pode contribuir para apoiar profissionais de saúde, pacientes, pesquisadores e cientistas.
As novas plataformas podem ser uma ferramenta de apoio às decisões médicas e aumentar a capacidade de diagnóstico em ambientes com poucos recursos. O foco deve estar em proteger a saúde das pessoas e reduzir a desigualdade.
Adoção precipitada
Mas a entidade ressalta que os riscos associados ao uso dessas ferramentas para melhorar o o a informações de saúde precisam ser avaliados cuidadosamente.
A adoção precipitada de sistemas não testados pode levar a erros por parte dos profissionais de saúde, causar danos aos pacientes e minar a confiança na inteligência artificial e em tecnologias futuras.
Os dados usados para treinar a inteligência artificial podem ser tendenciosos, gerando informações enganosas ou imprecisas que podem representar riscos à saúde, à equidade e à inclusão.
Preocupações da OMS
• LLMs geram respostas que podem parecer confiáveis e plausíveis para um usuário final. No entanto, essas respostas podem estar completamente incorretas ou conter erros graves, especialmente para temas relacionados à saúde.
• LLMs podem ser treinados em dados para os quais o consentimento pode não ter sido fornecido anteriormente. Além disso, essas ferramentas não necessariamente protegem dados confidenciais, incluindo de saúde, que um usuário fornece para gerar uma resposta.
• LLMs podem ser utilizados para gerar e disseminar desinformação altamente convincente na forma de texto, áudio ou vídeo, tornando difícil para o público diferenciar conteúdo falso de conteúdo confiável.
A OMS propõe que essas preocupações sejam abordadas com base em evidências. Uma análise de riscos e benefícios deve preceder o uso generalizado em cuidados de saúde e medicina de rotina, seja por indivíduos, prestadores de serviços e formuladores de políticas.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News


INTERNACIONAL
Moscou aproveita brechas, contorna sanções e usa tecnologia americana em suas armas
Investigação revela como semicondutores dos EUA chegam à Rússia, equipando mísseis, drones e outros equipamentos militares

Mesmo sob rígidas sanções impostas pelos EUA e aliados desde a invasão da Ucrânia, a Rússia continua a obter tecnologia ocidental para abastecer sua indústria bélica. Documentos obtidos pela rede Bloomberg mostram como distribuidores russos usam intermediários em países como Hong Kong para ar semicondutores fabricados por empresas americanas, incluindo a Texas Instruments. Esses componentes, essenciais para a produção de mísseis, drones e outros armamentos, têm sido recuperados de armas russas, expondo falhas no controle das exportações e nas medidas de compliance das empresas.
Os distribuidores russos integram dados da loja online da Texas Instruments, como preços e disponibilidade de produtos, diretamente em suas próprias plataformas. Isso permite que clientes baseados em Moscou ou São Petersburgo visualizem informações detalhadas e façam pedidos como se estivessem comprando diretamente do fabricante. Esses pedidos são realizados por meio de intermediários localizados em países terceiros que reexportam os componentes para a Rússia.
De acordo com documentos analisados, uma distribuidora russa processou mais de quatro mil solicitações em 2024, totalizando cerca de US$ 6 milhões em semicondutores, dos quais a maior parte foi destinada a empresas militares, enquanto o restante foi presumidamente utilizado em aplicações civis. Esse esquema se aproveita de brechas legais e da falta de controle sobre a cadeia de fornecimento, permitindo que tecnologias americanas continuem abastecendo o setor militar russo.

Mísseis, drones e bomba guiadas
Os chips adquiridos dessa forma são utilizados em uma ampla gama de equipamentos militares, como os mísseis balísticos Iskander, drones kamikaze e bombas guiadas que têm causado devastação na Ucrânia. A simplicidade do processo de compra e o uso de intermediários em países fora da Rússia tornam a fiscalização mais difícil, como destacou o senador Richard Blumenthal: “As empresas estão conscientemente falhando em impedir que suas tecnologias beneficiem a Rússia”.
A Texas Instruments afirma que cessou todas as vendas diretas à Rússia antes mesmo das sanções ocidentais, mas reconhece que seus produtos continuam sendo desviados por intermediários.
““Trabalhamos arduamente para evitar o desvio ilícito das nossas peças para a Rússia. Todos os níveis da nossa empresa levam isso a sério”, disse Shannon Thompson, assistente jurídica da empresa. No entanto, documentos analisados pela Bloomberg indicam que a empresa enfrenta dificuldades em rastrear para onde vão seus produtos devido ao alto volume de vendas e ao baixo custo unitário.
Além disso, investigadores identificaram que portais russos, como o getchips.ru, utilizam dados obtidos de APIs e outras fontes para ar informações detalhadas sobre produtos e estoques. Embora a Texas Instruments negue fornecer o direto a essas ferramentas, especialistas sugerem que intermediários estão utilizando métodos alternativos para replicar informações da loja online da empresa.
Os desafios não param por aí. O sistema de gestão de uma das distribuidoras russas analisadas mostra que muitos produtos adquiridos são essenciais para a fabricação de equipamentos militares. Um exemplo é o uso de chips de baixo custo para modems de comunicação que, segundo um documento enviado ao Ministério da Defesa russo, “não possuem alternativas locais e garantem a confiabilidade necessária”.
Protesto ucraniano
Desde o início do conflito, autoridades ucranianas recuperaram mais de quatro componentes ocidentais de armamentos russos, sendo 14% deles fabricados pela Texas Instruments. “Enquanto essas tecnologias estiverem disponíveis, regimes terroristas continuarão a transformá-las em armas”, alertou Vladyslav Vlasiuk, comissário ucraniano para políticas de sanções que cobra maior comprometimento das empresas e governos ocidentais para reforçar os controles.
Embora as sanções ocidentais visem restringir o o da Rússia a tecnologias de ponta, brechas no sistema de exportação permitem que intermediários em países como Hong Kong atuem como facilitadores.
Investigadores acreditam que o rastreamento rigoroso, incluindo a análise de padrões suspeitos de compra, pode ajudar a mitigar os desvios.
“Acho que todos podemos fazer mais. Controle de exportação mais completo. Procedimentos de conformidade mais rigorosos por parte dos fabricantes. Mais compromisso por parte de países terceiros”, disse Vlasiuk.
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