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INTERNACIONAL

Rússia afirma que relação com os EUA se aproxima de um ‘perigoso limite’

Moscou promete responder à hostilidade norte-americana, que teria levado a uma “escalada sem precedentes” entre os dois Estados

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Biden e Putin em encontro realizado em Genebra, Suiça, dia 16 de junho de 2021 (Foto: Wikimedia Commons)

As relações entre Rússia e Estados Unidos se aproximam de um “perigoso limite confrontativo”. A constatação é do Ministério das Relações Exteriores russo, que promete responder no mesmo tom à eventual hostilidade direcionada ao país por Washington, segundo informações da agência estatal russa Tass.

“Foi observado durante a discussão que as relações bilaterais haviam se aproximado de um perigoso limite confrontativo por culpa de Washington, que provocou uma escalada sem precedentes entre nossos Estados nos últimos anos”, diz um comunicado emitido pelo Kremlin nesta quarta-feira (21), após reunião da cúpula ministerial liderada pelo principal diplomata russo, Sergey Lavrov.

A Rússia alega que tem sofrido uma pressão “sem precedentes” dos EUA, que inclusive puxam seus aliados para dentro do problema. O comunicado ainda acusa Washington de introduzir “um forte componente ideológico” no ime, violando “flagrantemente o Direito Internacional”.

Apesar do tom, Moscou deu a entender que uma aproximação entre os dois países é possível e começou a se desenhar no encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden em Genebra, na Suíça, no dia 16 de junho. “Naturalmente, tal cooperação só poderia ter sucesso sob a condição de adesão aos princípios de respeito mútuo, igualdade e não interferência nos assuntos internos”, diz o Ministério.

Ataques cibernéticos

Entre os temas espinhosos que têm gerado atrito destaca-se a questão digital. Os EUA afirmam que a Rússia está por trás de ataques cibernéticos empreendidos por grupos hackers contra governos e empresas ocidentais, acusação refutada por Moscou. Washington impôs sanções financeiras a empresas acusadas de ligação com os hackers.

No ataque mais recente, hackers russos do grupo REvil exigiram US$ 70 milhões em bitcoin para restabelecer os dados roubados de centenas de empresas em diversos países. Semanas antes, no final de junho, o alvo foi a Microsoft, que teve seu sistema invadido através do e ao cliente. Até mesmo os dois principais partidos políticos dos EUA, o Republicano e o Democrata, foram alvos de ataques, em julho deste ano e em 2016, respectivamente.

Em maio, a Microsoft já havia relatado ataques do grupo Nobelium contra 150 agências governamentais, think tanks, consultores e organizações não-governamentais nos EUA, bem como, em mais de 20 países. De acordo com as autoridades norte-americanas, os hackers estão ligados ao SVR (Serviço de Inteligência Estrangeiro, da sigla em russo) da Rússia.

EUA pressionam Moscou e cobram ação contra os ataques de hackers russos
Hackers russos têm causado enorme prejuízo a empresas e governos em todo o mundo (Foto: Max Bender/Unplash)

SolarWinds

A Microsoft diz que o o grupo Nobelium também realizou o sofisticado ataque hacker à empresa de softwares SolarWinds, em 2017, atingindo inclusive o governo dos Estados Unidos.

Entre 2015 e 2018, ataques promovidos por seis hackers russos causaram um prejuízo de mais de US$ 10 bilhões no mundo. Além de prejudicar empresas e redes elétricas na Europa, eles também estariam envolvidos em roubo de identidade e conspiração para fraude.

Uma das campanhas teria ocorrido em 2017, quando hackers invadiram uma rede elétrica ucraniana e vazaram informações para tentar interferir nas eleições sas, apontam as acusações.

A dinamarquesa Maersk, do setor de logística, teve toda a sua operação prejudicada após um colapso na rede causado pelo malware impulsionado pelos russos. Outras empresas como a norte-americana FedEx, de transporte e remessas, e a farmacêutica alemã Merck também registraram prejuízos bilionários após invasões de sistemas digitais.

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Israel diz que impedirá barco com ativistas de chegar a Gaza

Sueca Greta Thunberg está na embarcação com ajuda humanitária

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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou ao Exército, neste domingo (8), que intercepte o barco com ativistas que planejam abrir um canal de o à Faixa de Gaza, levando alimentos e medicamentos. A ativista sueca Greta Thunberg, conhecida por sua luta contra o aquecimento global, está entre os tripulantes da embarcação Madeleine, que se arriscam a furar o bloqueio israelense.

“Eu instruí o Exército a agir para que o Madeleine… não chegue a Gaza”, disse Katz em um comunicado. “Para a antissemita Greta e seus amigos propagadores de propaganda do Hamas, eu digo claramente: É melhor vocês voltarem para trás, porque não AQ AQ  chegarão a Gaza”, acrescentou.

A imprensa israelense informou que os militares planejam interceptar o navio antes que ele chegue a Gaza e escoltá-lo até o porto israelense de Ashdod. A tripulação seria, então, deportada.

brasileiro Thiago Ávila, ativista internacionalista e ambientalista, e o ator irlandês Liam Cunningham também integram a tripulação, no total de 12 pessoas. Em vídeo publicado hoje nas redes sociaisÁvila afirmou que eles estão em águas internacionais e vão para o território marítimo palestino, onde Israel não tem jurisdição. “Ele [Israel Katz] está realmente itindo que eles estão planejando cometer um crime de guerra”, disse.

Ainda segundo o ativista, considerando resoluções e decisões da Corte Internacional de Justiça e do Conselho de Seguranças das Nações Unidas, o governo israelense não pode impedir ou dificultar que a ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza. “Então, eles são os únicos que estão ilegais, que estão cometendo crimes de guerra, não só conosco, mas especialmente com o povo palestino, de oito décadas de genocídio, 18 anos de bloqueio e um ano e nove meses das cenas mais horríveis e crimes de guerra que nossa geração já viu”, afirmou Ávila.

“Então, ministro da Defesa, Israel Katz, não tememos você, temos as maiorias sociais, o mundo inteiro está conosco porque o mundo inteiro não aguenta mais ver você matando crianças de fome, bombardeando hospitais, escolas, abrigos, áreas residenciais. […] Você acha que tem o controle, mas tudo que você tem são suas armas, suas bombas, sua violência e seu ódio”, acrescentou o ativista.

Operada pela coalizão pró-Palestina Flotilha da Liberdade, a embarcação Madeleine, de bandeira britânica, deixou a Itália em 6 de junho, dirigindo-se lentamente para a Faixa de Gaza, que está sitiada por Israel. O grupo está a cerca de 160 milhas náutica da costa palestina, transportando uma quantidade simbólica de ajuda humanitária, incluindo alimentos e suprimentos médicos.

Uma primeira tentativa de chegar a Gaza foi frustrada quando outra embarcação do grupo, o Consciência, foi bombardeado por dois drones perto de águas territoriais de Malta. A coalizão Flotilha da Liberdade pede que uma investigação independente apure o ocorrido em Malta.

Genocídio

Israel entrou em guerra contra o grupo palestino Hamas em outubro de 2023, depois que militantes islâmicos lançaram um ataque surpresa no sul de Israel, matando mais de 1,2 mil pessoas e levando 251 reféns ao enclave. Como resposta, mais de 54 mil palestinos já morreram durante a ofensiva israelense, cerca de 70% de mulheres e crianças, com grande parte do território palestino reduzida a escombros.

A Organização das Nações Unidas (ONU) tem alertado que a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza sofre de fome devido ao bloqueio para entrada de ajuda humanitária imposto por Israel, que defende a emigração em massa de palestinos para fora de Gaza.

O ministro israelense disse que o bloqueio é essencial para a segurança de Israel, que busca eliminar o Hamas. “O Estado de Israel não permitirá que ninguém quebre o bloqueio naval em Gaza, cujo objetivo principal é impedir a transferência de armas para o Hamas”, disse ele.

Enquanto isso, Israel autorizou a construção de 22 novos assentamentos na Cisjordânia. Estima-se que mais de 700 mil colonos israelenses já vivam na Cisjordânia. Por serem considerados território palestino, esses assentamentos são ilegais pelo direito internacional.

Já o principal negociador do Hamas nas conversações com Tel Aviv, Khalil al-Hayya, garantiu que os islâmicos estão dispostos a entregar imediatamente o controle do governo em Gaza a um ator palestino consensual se Israel p fim à ofensiva.

Nessa semana, os Estados Unidos vetaram resolução apresentada no Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo permanente e imediato em Gaza. Os outros 14 países do colegiado votaram a favor da medida.

*Com informações da agência de notícias Reuters

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