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INTERNACIONAL

Ucrânia prepara decreto de estado de emergência e começa a recrutar reservistas

Medida ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento e tem o objetivo de “fortalecer a ordem pública”, disse uma autoridade de segurança; ucranianos de 18 a 60 anos estão sendo chamados para as forças armadas

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Membros das Forças Armadas da Ucrânia realizam exercícios militares na região ucraniana de Kherson. Serviço de Imprensa das Forças Armadas da Ucrânia/Divulgação via REUTERS

Um estado de emergência deve ser introduzido em todas as partes da Ucrânia sob controle do governo, anunciou o Conselho de Segurança e Defesa Nacional do país nesta quarta-feira (23).

A medida deverá ser aprovada pelo Parlamento ucraniano em 48 horas e terá duração de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias.

“Em todo o território de nosso país, com exceção de Donetsk e Luhansk, um estado de emergência será introduzido”, disse Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, nesta quarta-feira.

“O principal objetivo da Federação Russa é desestabilizar a Ucrânia por dentro e alcançar seu objetivo. Para evitar que isso aconteça, decidimos hoje e tomamos essa decisão hoje”, acrescentou.

Falando durante uma coletiva de imprensa em Kiev, Danilov disse que o estado de emergência incluirá “o fortalecimento da ordem pública e da segurança em instalações de infraestrutura crítica” e o reforço das inspeções em certos movimentos de transporte.

“Dependendo das circunstâncias locais, pode haver medidas mais fortes ou mais brandas para garantir a segurança do nosso país”, acrescentou.

“Todas são medidas preventivas, para preservar a paz e a calma no país e para que a economia continue funcionando”, concluiu.

Recrutamento de reservistas

Nesta quarta-feira, a Ucrânia começou a recrutar reservistas com idades entre 18 e 60 anos após um decreto do presidente Volodymyr Zelensky, disseram as Forças Armadas em um comunicado.

O período máximo de serviço é de um ano.

Zelensky disse nesta terça-feira (22) que estava introduzindo o recrutamento de reservistas, mas descartou uma mobilização geral depois que a Rússia anunciou que estava movendo tropas para o leste da Ucrânia.

Em um pronunciamento gravado exibido nesta terça-feira (22), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu o apoio internacional, pediu por sanções e disse que a prioridade é preservar a soberania e integridade territorial do país.

Zelensky pediu união ao povo e aos políticos, afirmando que é necessário defender a economia e os empregos. Ele também anunciou um programa de “patriotismo econômico” que inclui o incentivo à produção local e cortes de impostos sobre o valor agregado da gasolina.

De acordo com o presidente ucraniano, o país ainda busca saídas diplomáticas para a crise, mas que não cederá nenhum território à Rússia, pedindo uma cúpula de todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, juntamente com a Alemanha e a Turquia.

Ele terminou o pronunciamento dizendo que “desejamos paz e calma, mas se ficarmos quietos hoje, amanhã desapareceremos”.

Cidadãos pró-Rússia realizam evacuação em cidade separatista no leste da Ucrânia

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Israel diz que impedirá barco com ativistas de chegar a Gaza

Sueca Greta Thunberg está na embarcação com ajuda humanitária

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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou ao Exército, neste domingo (8), que intercepte o barco com ativistas que planejam abrir um canal de o à Faixa de Gaza, levando alimentos e medicamentos. A ativista sueca Greta Thunberg, conhecida por sua luta contra o aquecimento global, está entre os tripulantes da embarcação Madeleine, que se arriscam a furar o bloqueio israelense.

“Eu instruí o Exército a agir para que o Madeleine… não chegue a Gaza”, disse Katz em um comunicado. “Para a antissemita Greta e seus amigos propagadores de propaganda do Hamas, eu digo claramente: É melhor vocês voltarem para trás, porque não AQ AQ  chegarão a Gaza”, acrescentou.

A imprensa israelense informou que os militares planejam interceptar o navio antes que ele chegue a Gaza e escoltá-lo até o porto israelense de Ashdod. A tripulação seria, então, deportada.

brasileiro Thiago Ávila, ativista internacionalista e ambientalista, e o ator irlandês Liam Cunningham também integram a tripulação, no total de 12 pessoas. Em vídeo publicado hoje nas redes sociaisÁvila afirmou que eles estão em águas internacionais e vão para o território marítimo palestino, onde Israel não tem jurisdição. “Ele [Israel Katz] está realmente itindo que eles estão planejando cometer um crime de guerra”, disse.

Ainda segundo o ativista, considerando resoluções e decisões da Corte Internacional de Justiça e do Conselho de Seguranças das Nações Unidas, o governo israelense não pode impedir ou dificultar que a ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza. “Então, eles são os únicos que estão ilegais, que estão cometendo crimes de guerra, não só conosco, mas especialmente com o povo palestino, de oito décadas de genocídio, 18 anos de bloqueio e um ano e nove meses das cenas mais horríveis e crimes de guerra que nossa geração já viu”, afirmou Ávila.

“Então, ministro da Defesa, Israel Katz, não tememos você, temos as maiorias sociais, o mundo inteiro está conosco porque o mundo inteiro não aguenta mais ver você matando crianças de fome, bombardeando hospitais, escolas, abrigos, áreas residenciais. […] Você acha que tem o controle, mas tudo que você tem são suas armas, suas bombas, sua violência e seu ódio”, acrescentou o ativista.

Operada pela coalizão pró-Palestina Flotilha da Liberdade, a embarcação Madeleine, de bandeira britânica, deixou a Itália em 6 de junho, dirigindo-se lentamente para a Faixa de Gaza, que está sitiada por Israel. O grupo está a cerca de 160 milhas náutica da costa palestina, transportando uma quantidade simbólica de ajuda humanitária, incluindo alimentos e suprimentos médicos.

Uma primeira tentativa de chegar a Gaza foi frustrada quando outra embarcação do grupo, o Consciência, foi bombardeado por dois drones perto de águas territoriais de Malta. A coalizão Flotilha da Liberdade pede que uma investigação independente apure o ocorrido em Malta.

Genocídio

Israel entrou em guerra contra o grupo palestino Hamas em outubro de 2023, depois que militantes islâmicos lançaram um ataque surpresa no sul de Israel, matando mais de 1,2 mil pessoas e levando 251 reféns ao enclave. Como resposta, mais de 54 mil palestinos já morreram durante a ofensiva israelense, cerca de 70% de mulheres e crianças, com grande parte do território palestino reduzida a escombros.

A Organização das Nações Unidas (ONU) tem alertado que a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza sofre de fome devido ao bloqueio para entrada de ajuda humanitária imposto por Israel, que defende a emigração em massa de palestinos para fora de Gaza.

O ministro israelense disse que o bloqueio é essencial para a segurança de Israel, que busca eliminar o Hamas. “O Estado de Israel não permitirá que ninguém quebre o bloqueio naval em Gaza, cujo objetivo principal é impedir a transferência de armas para o Hamas”, disse ele.

Enquanto isso, Israel autorizou a construção de 22 novos assentamentos na Cisjordânia. Estima-se que mais de 700 mil colonos israelenses já vivam na Cisjordânia. Por serem considerados território palestino, esses assentamentos são ilegais pelo direito internacional.

Já o principal negociador do Hamas nas conversações com Tel Aviv, Khalil al-Hayya, garantiu que os islâmicos estão dispostos a entregar imediatamente o controle do governo em Gaza a um ator palestino consensual se Israel p fim à ofensiva.

Nessa semana, os Estados Unidos vetaram resolução apresentada no Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo permanente e imediato em Gaza. Os outros 14 países do colegiado votaram a favor da medida.

*Com informações da agência de notícias Reuters

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