INTERNACIONAL
Washington prevê resposta em múltiplas frentes da Rússia após ataque ucraniano surpresa
EUA esperam retaliação ‘assimétrica’ nos próximos dias, com uso combinado de mísseis, drones e possível ataque a alvos simbólicos

O governo dos EUA acredita que a retaliação da Rússia ao ataque com drones realizado pela Ucrânia na semana ada ainda não aconteceu de forma completa e deverá envolver múltiplas frentes, com uso de diferentes capacidades aéreas. A informação foi confirmada por autoridades norte-americanas ouvidas pela agência Reuters sob condição de anonimato.
Segundo essas fontes, embora Moscou tenha lançado uma série de mísseis e drones sobre Kiev na sexta-feira (6), em resposta ao que classificou como “atos terroristas” da Ucrânia, a retaliação total ainda está por vir. Um dos oficiais afirmou que a ofensiva russa será “assimétrica”, ou seja, não espelhará o padrão do ataque ucraniano contra bases aéreas russas, mas deve mirar alvos distintos.
A expectativa é de que os próximos bombardeios envolvam tanto mísseis quanto drones, com possibilidade de escalada. Um diplomata ocidental ouvido pela Reuters disse acreditar que os ataques russos ainda se intensificarão e poderão ter como alvo prédios do governo ucraniano, em um gesto de forte simbolismo. “Será algo enorme, cruel e incessante”, afirmou outro diplomata ocidental. “Mas os ucranianos são um povo corajoso.”
Michael Kofman, pesquisador da think tank Carnegie Endowment for International Peace, sugeriu que a Rússia pode buscar atingir a sede da agência de inteligência doméstica da Ucrânia, o SBU, ou outros edifícios regionais de segurança. Ele também considera possível o uso de mísseis balísticos de alcance intermediário. Segundo ele, centros de produção de armamentos também podem ser atingidos.
A operação ucraniana do fim de semana foi batizada de “Teia de Aranha” e envolveu 117 veículos aéreos não tripulados, lançados a partir de território russo com o auxílio de caminhões. De acordo com a avaliação dos EUA, cerca de 20 aeronaves foram atingidas — número inferior ao anunciado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que havia falado em até 40 aviões danificados. Ainda segundo autoridades norte-americanas, cerca de 10 dessas aeronaves teriam sido destruídas.
O governo russo negou que aviões tenham sido destruídos e prometeu reparar os danos, mas blogueiros militares russos relataram prejuízos ou perdas em aproximadamente uma dúzia de aeronaves — algumas delas com capacidade para carregar ogivas nucleares.
Em postagem nas redes sociais, o presidente dos EUA Donald Trump relatou uma conversa com Vladimir Putin sobre o ataque. “Eu não gosto disso. Eu disse: ‘Não faça isso. Você não deveria fazer isso. Você deveria parar’”, contou Trump. “Mas, de novo, há muito ódio.”


INTERNACIONAL
Haddad confirma IR de 17,5% sobre rendimentos de aplicações
Ministro classificou como prudentes falas de Hugo Motta sobre pacote

As medidas de compensação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incluirão uma alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos de aplicações, confirmou nesta terça-feira (10) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“A média da tributação das aplicações financeiras já é 17,5%. Então, nós estamos fixando uma alíquota para todas as aplicações financeiras no mesmo patamar. Hoje ela vai de 15% [para aplicações de até dois anos] a 22,5% [para aplicações de longo prazo]”, disse Haddad, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro também citou na reunião uma alta de 15% para 20% no Imposto de Renda sobre os Juros sobre Capital Próprio (J). Embora a medida tenha sido rejeitada em 2023 pelo Congresso, Haddad disse que o tema foi incluído no pacote por sugestão de parlamentares.
Por cerca de duas horas, Haddad explicou a Lula as propostas acertadas com líderes partidários na reunião de domingo (8). Segundo o ministro, os textos das propostas foram encaminhados à Casa Civil antes do envio ao Congresso Nacional.
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Segundo Haddad, o governo também pretende enviar um projeto de lei complementar para reduzir em 10% as isenções fiscais num segundo momento. O modelo do corte, explicou o ministro, ainda será definido pelo Congresso. Em relação às medidas de contenção de despesas, o ministro disse que elas serão discutidas por uma comissão de líderes partidários, com participação de integrantes da equipe econômica.
Prudência
Sobre a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que o Congresso Nacional não se compromete a aprovar o pacote para compensar a alta do IOF, Haddad disse ver como prudente a avaliação do parlamentar.
“Uma fala de prudência, lá não estavam os 513 parlamentares. Como é que ele pode tomar uma decisão de aprovar ou não sem ouvir as bancadas?”, questionou Haddad. “Entendo que o Congresso Nacional queira primeiro ouvir e depois, ao longo da tramitação da medida provisória, fazer as suas ponderações”, acrescentou.
Ao fim da reunião de domingo, que durou cinco horas, Haddad, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciaram uma medida provisória com a elevação de receitas que permitam compensar parcialmente a elevação do IOF. O debate sobre cortes estruturais de despesas, no entanto, ficou para um segundo momento diante da falta de consenso entre o governo e os líderes partidários.
As propostas acertadas com o Congresso são as seguintes:
- Aumento da taxação do faturamento das bets (empresas de apostas esportivas) de 12% para 18%;
- Elevação de 9% para 15% as alíquotas da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre fintechs e corretoras.
- Fim de isenção de Imposto de Renda sobre títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito Agrícola (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que arão a pagar 5%.
O ministro evitou dar estimativas de quanto o governo pretende arrecadar com as medidas. Disse apenas que os cálculos ainda estão sendo fechados.
Contenção de gastos
Em relação às medidas de contenção de despesas, o ministro da Fazenda disse que o Congresso se reunirá com a área econômica para “enfrentar” esse debate. Segundo o ministro, será formada uma comissão de líderes para discutir os gastos primários.
“[Pretendemos] fazer um inventário do que já foi proposto, do que é politicamente viável, do que as pessoas estão querendo enfrentar, dos debates que os deputados e senadores querem enfrentar e vamos dar o e técnico para uma melhor conformação da medida possível”, declarou.
Na reunião com os parlamentares no domingo, o ministro levou uma apresentação que mencionava uma explosão de gastos nos últimos anos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Benefício de Prestação Continuada (BPC), das emendas parlamentares, do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e das transferências para estados e municípios.



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