SAÚDE
Casos de dengue crescem em MS e proliferação pode ser evitada com cuidados básicos

Nos últimos dias, Mato Grosso do Sul tem enfrentado temperaturas acima da média que além de causar riscos à saúde, também impactam nos casos de doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Arboviroses como a dengue se proliferam com maior facilidade em períodos mais quentes, e por isso, exigem atenção redobrada.
De acordo com o Boletim Epidemiológico Dengue, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na terça-feira (14), atualmente o estado apresenta 40.176 casos confirmados da doença em 2023. O índice representa aproximadamente o dobro dos casos registrados no ano anterior, que somaram 21.328 pessoas contaminadas de janeiro a dezembro. Além disso, 40 óbitos por dengue foram contabilizados neste ano.
Entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 74 deles classificam-se com alta incidência de casos prováveis, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ribas do Rio Pardo, Terenos, Paranaíba e Tacuru apresentam incidência média, enquanto apenas Aparecida do Taboado atinge baixa incidência.
Campo Grande lidera a lista com o maior número de casos confirmados da doença, com 11.801, seguida por Três Lagoas (4.613) e Corumbá (2.202). Apesar da capital apresentar altos números de contaminação, possui baixa incidência por número de habitantes. O município de Alcinópolis é responsável pela maior incidência de confirmações do estado, com 9.036,8.
Segundo a enfermeira da SES, Bianca Modafari Godoy, a doença pode atingir todas as idades, com gravidade e impactos que podem variar. Além disso, crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico vulnerável representam os grupos mais afetados pela dengue.
“Isso ocorre porque esses grupos podem ter mais dificuldade em lidar com a infecção e desenvolver complicações graves devido à resposta do sistema imunológico e a capacidade de combater o vírus limitada”.
Cuidados
Além da dengue, o Aedes aegypti também é o mosquito transmissor de doenças como a Chikungunya e o Zika Vírus. Entre as medidas para controlar sua proliferação e evitar a contaminação, recomenda-se:
- Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d’ água ou caixas d’água;
- Acondicionar pneus em locais cobertos;
- Remover galhos e folhas de calhas;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana
- Fazer sempre a manutenção de piscinas.
Ainda, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar também dor abdominal, vômitos persistentes, diarréia, desânimo e sangramento de mucosa.
Bianca Modafari Godoy destaca que em casos de suspeitas de Dengue, o ideal é manter hidratação e repouso, além de buscar atendimento em uma unidade de saúde. O acompanhamento do paciente é indispensável para o monitoramento e o tratamento adequado dos sintomas.
“Importante ressaltar que não deve se automedicar, pois caso faça uso de antiinflamatórios como aspirinas pode piorar a coagulação sanguínea e consequentemente o estado de saúde, já que a dengue pode causar hemorragia”.
Em caso de dúvidas, entre em contato com o Plantão CIEVS Estadual através do disque-notifica pelos telefones: (67) 9 8477-3435, 0800-647-1650 ou (67) 3318-1823.
Heloisa Duim, Programa de Estágio Supervisionado
Foto: Edemir Rodrigues/Arquivo


SAÚDE
Estresse no trabalho e saúde dos olhos: Estudos sugerem possível relação com o glaucoma
Especialistas destacam que hábitos saudáveis e atenção ao bem-estar emocional podem colaborar na preservação da visão

A vida contemporânea impõe um ritmo intenso e, com ele, cresce também a pressão emocional, sobretudo no ambiente profissional. O relatório global “People at Work 2023: A Global Workforce View” indica que 67% dos brasileiros relatam que o estresse afeta negativamente sua produtividade no trabalho e 31% apontam impacto devido à saúde mental.
Embora já se discuta amplamente o impacto do estresse na saúde física e mental, seus efeitos sobre a visão ainda são pouco explorados. Um estudo da Glaucoma Research Foundation sugere que níveis elevados de estresse e ansiedade podem elevar a pressão intraocular, acelerando potencialmente a evolução do glaucoma. São indícios de uma possível associação que ainda merecem investigação mais aprofundada.
“Não estamos afirmando que o estresse seja um fator causal direto do glaucoma, mas ele pode atuar como agravante em indivíduos predispostos, criando um ciclo que merece atenção clínica”, explica o Dr. Luiz Arthur F. Beniz, oftalmologista do CBCO Hospital de Olhos.
Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estimam que mais de 1,7 milhão de brasileiros vivam com glaucoma, cerca de 2% da população acima de 40 anos, condição que em fases iniciais pode não apresentar sintomas. Quando há sintomas, o paciente pode perceber perda de campo visual e visão embaçada. Em alguns tipos de glaucoma, também podem surgir vermelhidão ocular e dor intensa.
A melhor estratégia para evitar a progressão da doença é o diagnóstico precoce: exames regulares a partir dos 40 anos são fundamentais para monitorar a pressão intraocular e avaliar o nervo óptico por meio de exame clínico e de métodos complementares (campimetria visual, tomografia de coerência óptica). “Com o tratamento adequado, seja por meio de colírios, diferentes modalidades de laser e/ou cirurgia, de acordo com a fase e as necessidades de cada paciente, é possível controlar a doença e reduzir ao máximo a perda irreversível da visão”, acrescenta o especialista.
O impacto do estresse também se reflete em hábitos de vida prejudiciais, como má alimentação, sedentarismo, insônia, consumo excessivo de álcool e até falhas na adesão ao tratamento. Tudo isso compromete o controle da doença. Por isso, além do tratamento e do acompanhamento oftalmológico, é fundamental cuidar da saúde emocional e do estilo de vida.
Dr. Luiz Arthur F. Beniz, oftalmologista do CBCO Hospital de Olhos
Sobre o CBCO Hospital de Olhos
O CBCO Hospital de Olhos, localizado em Goiânia, acumula 30 anos de experiência e é reconhecido internacionalmente pela sua expertise em retina, oftalmopediatria, e tratamento de casos raros e complexos. Pioneiro no uso de tecnologias avançadas no Brasil, o hospital possui equipamentos modernos e um corpo clínico de mais de 25 oftalmologistas especializados em diversas áreas da oftalmologia. O CBCO Hospital de Olhos faz parte do mesmo grupo da TOTUM Saúde e do Hospital de Olhos de Palmas.
-
SELVÍRIA6 dias ago
Ciclista morre ao ser atropelado por motorista embriagado
-
SELVÍRIA1 dia ago
No dia do Meio Ambiente, Prefeitura planta árvores na Praça da Bíblia
-
TEMPO1 dia ago
Frente fria avança e muda o tempo no fim de semana em Mato Grosso do Sul
-
GERAL6 dias ago
Verdana Agropecuária anuncia R$ 20 milhões em investimentos para ampliar projeto integrado de lavoura e pecuária
-
SELVÍRIA1 dia ago
Pagamento do IPTU com desconto pode ser feito até 10 de junho
-
SELVÍRIA1 dia ago
CadÚnico: Famílias devem manter cadastro atualizado para garantir benefícios sociais
-
MATO GROSSO DO SUL3 dias ago
Senai lança programa Pronto pro Trabalho com 10 mil vagas gratuitas em cursos
-
MATO GROSSO DO SUL3 dias ago
Participantes do Fórum LIDE COP 30 compensam 15 toneladas de carbono