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INTERNACIONAL

Nasa lançará novo telescópio de raios-X para observar buracos negros

Estudar a polarização dos raios-X cósmicos pode ajudar os cientistas a entender melhor os restos de estrelas explodidas, como buracos negros e estrelas de nêutrons

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Estamos prestes a obter uma nova perspectiva sobre alguns dos objetos mais extremos do universo. Nas primeiras horas da manhã de 9 de dezembro, a Nasa vai lançar sua missão Imaging X-ray Polarimetry Explorer, ou IXPE, para medir os raios-X liberados por buracos negros e estrelas de nêutrons.

O satélite está programado para ser lançado por volta das 3h da manhã (no horário de Brasília) na quinta-feira (9), a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 do Kennedy Space Center da Nasa, na Flórida. A cobertura ao vivo do lançamento estará disponível na Nasa TV e no site da agência.

A espaçonave, que é um esforço colaborativo da Nasa e da Agência Espacial Italiana, carrega três telescópios. Embora o IXPE não seja tão grande quanto o observatório de raios-X Chandra da Nasa, é o primeiro observatório espacial desse tipo. O satélite será capaz de ver um aspecto frequentemente esquecido das fontes de raios cósmicos, denominado polarização.

Avanços na astronomia de raios-X

“O lançamento do IXPE marca um avanço ousado e único para a astronomia de raios-X”, disse Martin Weisskopf, o principal investigador do IXPE, em um comunicado. “O IXPE vai nos dizer mais sobre a natureza precisa das fontes de raios-X cósmicos do que podemos aprender estudando seu brilho e espectro de cores apenas.”

Os raios X são um comprimento de onda de luz altamente energético que nasce de extremos. No espaço, isso inclui campos magnéticos poderosos, colisões entre objetos, explosões, temperaturas escaldantes e rotações rápidas.

Essa luz está praticamente codificada com a de quem a criou, mas a atmosfera da Terra impede que os raios-X atinjam o solo. É por isso que os cientistas confiam nos telescópios de raios-X no espaço.

A luz polarizada também carrega a marca única de sua fonte e do que ela ou no caminho. Enquanto as ondas de luz podem vibrar em qualquer direção, a luz polarizada vibra apenas em uma direção.

Buraco negro chamado Cygnus X-1
Buraco negro chamado Cygnus X-1 / Optical: DSS; Illustration: NASA

Compreendendo objetos cósmicos extremos

Usar o IXPE para estudar a polarização dos raios-X cósmicos pode ajudar os cientistas a entender melhor os restos de estrelas explodidas, como buracos negros e estrelas de nêutrons, seus ambientes e como eles produzem os raios-X. Essa perspectiva sobre objetos cósmicos extremos também pode revelar as respostas a questões fundamentais maiores sobre a física.

“O IXPE nos ajudará a testar e refinar nossas teorias de como o universo funciona”, disse Weisskopf. “Pode haver respostas ainda mais interessantes à frente do que as que hipotetizamos. Melhor ainda, podemos encontrar listas inteiras de novas perguntas a fazer!”

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Haddad confirma IR de 17,5% sobre rendimentos de aplicações

Ministro classificou como prudentes falas de Hugo Motta sobre pacote

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As medidas de compensação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incluirão uma alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos de aplicações, confirmou nesta terça-feira (10) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“A média da tributação das aplicações financeiras já é 17,5%. Então, nós estamos fixando uma alíquota para todas as aplicações financeiras no mesmo patamar. Hoje ela vai de 15% [para aplicações de até dois anos] a 22,5% [para aplicações de longo prazo]”, disse Haddad, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro também citou na reunião uma alta de 15% para 20% no Imposto de Renda sobre os Juros sobre Capital Próprio (J). Embora a medida tenha sido rejeitada em 2023 pelo Congresso, Haddad disse que o tema foi incluído no pacote por sugestão de parlamentares.

Por cerca de duas horas, Haddad explicou a Lula as propostas acertadas com líderes partidários na reunião de domingo (8)Segundo o ministro, os textos das propostas foram encaminhados à Casa Civil antes do envio ao Congresso Nacional.

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Segundo Haddad, o governo também pretende enviar um projeto de lei complementar para reduzir em 10% as isenções fiscais num segundo momento. O modelo do corte, explicou o ministro, ainda será definido pelo Congresso. Em relação às medidas de contenção de despesas, o ministro disse que elas serão discutidas por uma comissão de líderes partidários, com participação de integrantes da equipe econômica.

Prudência

Sobre a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que o Congresso Nacional não se compromete a aprovar o pacote para compensar a alta do IOF, Haddad disse ver como prudente a avaliação do parlamentar.

“Uma fala de prudência, lá não estavam os 513 parlamentares. Como é que ele pode tomar uma decisão de aprovar ou não sem ouvir as bancadas?”, questionou Haddad. “Entendo que o Congresso Nacional queira primeiro ouvir e depois, ao longo da tramitação da medida provisória, fazer as suas ponderações”, acrescentou.

Ao fim da reunião de domingo, que durou cinco horas, Haddad, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciaram uma medida provisória com a elevação de receitas que permitam compensar parcialmente a elevação do IOF. O debate sobre cortes estruturais de despesas, no entanto, ficou para um segundo momento diante da falta de consenso entre o governo e os líderes partidários.

As propostas acertadas com o Congresso são as seguintes:

  • Aumento da taxação do faturamento das bets (empresas de apostas esportivas) de 12% para 18%;
  • Elevação de 9% para 15% as alíquotas da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre fintechs e corretoras.
  • Fim de isenção de Imposto de Renda sobre títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito Agrícola (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que arão a pagar 5%.

O ministro evitou dar estimativas de quanto o governo pretende arrecadar com as medidas. Disse apenas que os cálculos ainda estão sendo fechados.

Contenção de gastos

Em relação às medidas de contenção de despesas, o ministro da Fazenda disse que o Congresso se reunirá com a área econômica para “enfrentar” esse debate. Segundo o ministro, será formada uma comissão de líderes para discutir os gastos primários.

“[Pretendemos] fazer um inventário do que já foi proposto, do que é politicamente viável, do que as pessoas estão querendo enfrentar, dos debates que os deputados e senadores querem enfrentar e vamos dar o e técnico para uma melhor conformação da medida possível”, declarou.

Na reunião com os parlamentares no domingo, o ministro levou uma apresentação que mencionava uma explosão de gastos nos últimos anos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Benefício de Prestação Continuada (BPC), das emendas parlamentares, do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e das transferências para estados e municípios.

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